Turismo
No final do Bairro Ouro Branco, na seqüência da Rua Pe. Teodoro, próximo ao campo de futebol, seguindo poucos metros por uma estrada rural e entrando à esquerda por um “passa-um”, às margens de uma antiga estrada abandonada, está o Túmulo do Escravo Adão. É uma das “histórias” pouco conhecidas dos formiguenses.
Tudo começou a cem anos com a “bexiga”, doença mortal naquela época, conforme mostra texto ao lado.
Se seguimos pela estrada rural, vamos chegar a um local antigamente denominado “Capoeira do Adão”. E como toda boa estória oral, muita coisa se confunde com outras no passar de boca a boca. Não foi diferente aqui. Diziam os antigos que vinha pela estrada um carro de boi e seu carreiro – quem sabe um escravo – quando ele apresentou os sintomas da doença fatal. Por ali parou, por ali morreu. Com muito medo da propagação, os moradores do sítio enterraram rapidamente o homem ali mesmo, aos pés de um barranco, ao lado da estrada, onde colocaram uma cruz que marcava o fato e o local.
Com o passar do tempo a estrada foi abandonada e outra foi aberta, ficando a sepultura escondida pelo barranco. Durante algum tempo, segundo a Sra. Lavínia, D.Vininha do Bel, viúva do proprietário da fazenda, “o povo falava que era um lugar assombrado”, mas para ela e muitos fiéis que freqüentavam ali, nada disso acontecia.
Muitas pessoas visitavam o lugar, como a Sra. Henriqueta Maria da Conceição e sua filha Margarida Santos Borges. D. Henriqueta morou por mais de 80 anos próximo ao posto São Vicente. Conta a Sra. Zulmira Maria da Conceição, filha de Henriqueta e irmã de Margarida, que as duas tinham uma fé muito grande pelo Escravo Adão e que durante aproximadamente 50 anos visitavam semanalmente o lugar, para elas sagrado, levavam flores e ascendiam velas. O sonho de Margarida era construir uma capela próxima ao lugar para santificar aquela alma .
Ainda segundo a D.Vininha, o lugar não tinha nada de assombrado. Para ela, o lugar continua sendo um templo sagrado que transmite serenidade, é visitado e lembrado.
Pesquisa: João Carlos Vespúcio Resumo: José Ivo da Silva