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Servidores do Setor de Endemias da pasta afirmam que situação é preocupante e que agentes, durante visita às casas, chegam a encontrar cerca de mil focos do Aedes Aegypti por semana na cidade
O Setor de Endemias da Secretaria Municipal de Saúde não tem medido esforços no trabalho de combate à Dengue em Formiga. Com uma equipe de 50 pessoas, ele tem desenvolvido duas formas de atuação: a primeira é de eliminação dos focos do mosquito Aedes Aegypti em residências e terrenos da cidade e a segunda é educativa, de orientação à população sobre como evitar não só a Dengue, mas também a Chinkungunya e a Zica. O trabalho é intenso e diário, porém não tem sido suficiente diante da falta de consciência de parte da população formiguense. Como a época é de proliferação do mosquito, a Secretária de Saúde faz um apelo à população para colaborar na eliminação dos focos do Aedes Aegypti.
O gerente de Endemias, Carlos Antônio de Castro, e o educador em Saúde, André Luciano da Paixão, estiveram ontem na Diretoria de Comunicação da Prefeitura para falar sobre o assunto. Eles afirmam que a situação é preocupante e que os agentes de Endemias, durante visitas às casas, chegam a encontrar cerca de mil focos do Aedes Aegypti por semana em Formiga. “Já encontramos focos do mosquito não só em pneus, caixas d’água e pratinhos de plantas, como sempre são muito divulgados, mas em botina velha, panela de pressão e marmita. E quem pensa que o mosquito gosta só de água limpa está enganado. Ele se reproduz até em água suja. Então, é preciso ter uma atenção redobrada com qualquer água que estiver parada”, explicou Carlos Antônio.
De acordo com ele, o período mais preocupante em que há a proliferação do mosquito é de dezembro a junho. “Anualmente, a população recebe informações sobre como combater a Dengue. Porém, falta mais ação por parte de muitas pessoas. Precisamos que os formiguenses transformem a informação em ação e nos ajudem na eliminação dos focos, mantendo suas caixas d’água tampadas e seus quintais limpos, assim como as calhas de estruturas metálicas. Em Formiga, boa parte das residências possui estruturas metálicas e, infelizmente, quando chove, há calhas que ficam com água parada.”
André Luciano informou que, na cidade, ainda não houve registro das doenças Chikungunya e Zica, mas o trabalho é de prevenção para essas doenças também. “Além dos bairros em Formiga, atuamos também na região de Furnas, onde há muitos turistas.”
Segundo André, neste ano, em Formiga, foram registrados quatro casos suspeitos de Dengue. “Estamos trabalhando muito no combate ao Aedes Aegypti. Quando é detectado o foco do mosquito, aplicamos o larvicida, mas se há muitos focos em uma só localidade fazemos o bloqueio dela e aplicamos o fumacê. No entanto, só conseguimos o fumacê e os demais materiais para combate ao mosquito, que nos são enviados pelo Governo do Estado, se houver casos registrados da doença. E, infelizmente, muitas pessoas que sentem os sintomas da Dengue têm resistência em fazer o exame que dá o diagnóstico da doença. Então, é importante fazer o exame. Isso ajuda a detectar o problema na região em que a pessoa mora e a solicitar mais materiais para o combate ao mosquito.”
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